Consumo e produção de biodiesel registram queda em 2016

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Nos cinco primeiros meses de 2016, a produção nacional de biodiesel somou aproximadamente 1,6 bilhão de litros, o que corresponde a uma queda de 2,4% em relação ao mesmo período de 2015, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse resultado reflete, principalmente, a retração na atividade econômica do País, que é sentida de forma direta no consumo de combustíveis, especialmente o diesel B (mistura de diesel mineral e biodiesel), usado no transporte de cargas. A região Centro‐Oeste respondeu por 44% de todo o biodiesel fabricado, seguida das regiões Sul (38%) e Nordeste (8%). De janeiro a maio deste ano, as importações de diesel fóssil recuaram aproximadamente 21% em comparação com 2016. Dessa forma, a participação do diesel importado no total de diesel vendido no Brasil caiu de 16%, em 2015, para 13%, em 2016.

Matérias‐primas – O óleo de soja respondeu, na média de janeiro a maio deste ano, por 78% de todo o biodiesel fabricado em território nacional, seguido das gorduras animais (18%), óleo de algodão (1%) e óleo de fritura usado (1%). Para atender a essa participação de 78%, foram destinadas, nesse período, cerca de 1,5 milhão de toneladas de óleo de soja para a produção de biodiesel, segundo estimativas da ABIOVE

Preços de diesel e biodiesel – Na média do primeiro semestre, o preço do biodiesel pago às usinas ficou em R$ 2,47/litro, enquanto o diesel S‐10 à refinaria custou R$ 2,11/litro. Mercado voluntário de biodiesel – No Leilão 49, realizado no início de junho, foram comercializados, pela primeira vez, volumes de biodiesel para o consumo voluntário – autorizado pela ANP para frotas rodoviárias cativas (B20), transporte ferroviário (B30) e máquinas agrícolas e industriais (B30). A quantidade vendida (1,3 milhão de litros) sinaliza uma possibilidade real de se expandir a produção de biodiesel para além do consumo obrigatório atual de 7% na mistura.  Comunicação da ABIOVE

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