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Na primeira quinzena de agosto, as usinas do Centro-Sul processaram 47,63 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, alta de 8,17% em relação ao mesmo período da safra passada (44,03 milhões de toneladas). Apesar do avanço no período, o acumulado da safra 2025/26 até 16 de agosto soma 353,88 milhões de toneladas, volume 25,1 milhões inferior ao registrado em 2024/25, o que representa retração de 6,6%.
Atualmente, 257 unidades produtoras estão em operação na região, sendo 237 de cana, dez de etanol de milho e outras dez flex. No ciclo anterior, eram 261 unidades em atividade.
Qualidade da matéria-prima
O nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) segue abaixo da média histórica. Foram 144,83 kg por tonelada de cana na primeira metade de agosto, contra 151,17 kg no mesmo período de 2024/25 – queda de 4,19%. No acumulado da safra, o ATR está em 129,26 kg por tonelada, 4,47% menor que no ciclo passado.
Produção de açúcar e etanol
A produção de açúcar totalizou 3,62 milhões de toneladas na primeira quinzena de agosto. Desde o início da safra, o acumulado chega a 22,89 milhões, 4,67% abaixo do ciclo anterior.
Já a fabricação de etanol somou 2,19 bilhões de litros no período, sendo 1,29 bilhão de hidratado (-12,95%) e 901,33 milhões de anidro (+8,63%). No total da safra, a produção do biocombustível alcança 16,07 bilhões de litros, recuo de 11,12%.
O etanol de milho segue em alta. Na primeira metade de agosto, foram 373,94 milhões de litros, crescimento de 14,98%. No acumulado, a produção já soma 3,32 bilhões de litros, avanço de 20,1% sobre o ciclo anterior.
Vendas de etanol
As vendas do biocombustível atingiram 1,48 bilhão de litros na primeira quinzena de agosto. O hidratado recuou 10,15%, para 865,59 milhões de litros, enquanto o anidro cresceu 11%, somando 615,35 milhões de litros.
No mercado interno, as vendas de hidratado caíram 9,18%, para 838,18 milhões de litros, e as de anidro avançaram 21,55%, alcançando 592,16 milhões. Desde o início da safra, o total comercializado chega a 12,96 bilhões de litros (-2,69%).
Mercado de CBios
Até 27 de agosto, produtores de biocombustíveis emitiram 28,06 milhões de CBios, segundo dados da B3. O volume disponível em negociação soma 32,16 milhões de créditos.
Para o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, o setor já assegurou o cumprimento das metas de 2025. “Há quatro meses do prazo final, a indústria disponibilizou aproximadamente 115% dos créditos necessários para as distribuidoras”, afirma.
Desde a criação do RenovaBio, a política já evitou a emissão de mais de 185 milhões de toneladas de CO₂, consolidando o papel dos biocombustíveis brasileiros na transição energética. (Canal – Jornal da Bioenergia com dados da Unica)
