Soluções para o mercado e facilidades para o produtor

Adama reúne jornalistas para apresentar ferramentas e comentar futuro da agricultura

Nessa terça-feira, 28, a Adama promoveu em São Paulo (SP) encontro de jornalistas para apresentar suas novidades para 2018 e comentar o cenário agrícola do país e do mundo. Na oportunidade, o CEO da corporação no Brasil, Rodrigo Gutierrez, esteve presente para conversar com a imprensa.

O CEO da Adama Brasil, Rodrigo Gutierrez,
falou sobre o cenário agrícola para o próximo ano.

Conforme comentou João Giraldi, gerente de portfólio e desenvolvimento de mercado da Adama, a empresa busca lançar soluções que facilitem a vida do produtor rural, com produtos simples, mas que atendam às necessidades mais urgentes. Da mesma forma, Johannes  Castellano, diretor de recursos humanos e TI da Adama Brasil, destacou a preocupação da empresa nesse sentido. “Nossos executivos não têm respostas para tudo, mas criam um ambiente onde as respostas podem aparecer”. Segundo ele, nos próximos 10 anos a agricultura tende a ser completamente digital, o que exige certos posicionamentos diferenciados por parte da cadeia produtiva do segmento.

Gerson Dalla Corte, Gerente de Produtos
da Adama Brasil

Como novidade para o mercado, foi apresentado o Nimitz, um nematicida que promete oferecer uma ‘realidade melhor que a expectativa’. “Temos mais de 13 milhões de hectares de cana infectados por nematoides. Com a solução, tivemos resíduo zero na produção de açúcar de mais de 14 áreas aplicadas”, revelou o gerente de marketing de produtos da Adama Brasil, Gerson Dalla Corte, destacando a segurança do insumo para produção destinada à exportação. João Giraldi destacou que a solução é uma ferramenta dentro do processo, ressaltando que deve haver um conjunto de atuações, como rotação de culturas e uso de defensivos biológicos.

Rodrigo Gutierrez comentou o momento delicado pelo qual o mercado de defensivos passa, referindo-se aos estoques nas redes de distribuição e à entrada de produtos ilegais no Brasil, principalmente vindos da Bolívia. Ele antecipou que a marca prevê crescimento de 2% em 2017, um valor menor do que o previsto no início do ano. “Tivemos dois produtos não lançados graças a problemas com registro. Prevíamos crescimento de 10%, mas fomos atrapalhados pela burocracia”, lamentou.

O CEO comentou ainda que acredita que o mercado tende a crescer significativamente em 2018, do ponto de vista das vendas. “Somos uma empresa de Israel, mas faz sentido termos fábrica aqui já que nosso cliente está aqui. As vantagens da nossa origem são que as tecnologias voltadas para guerra passam a ser utilizadas na agricultura.”

O mercado de defensivos gira em torno de US$ 8 milhões de dólares, sendo que a metade está ligada à soja. Cana representa de 10 a 15% do valor, sendo que, para a Adama, o mercado é responsável por 11%. Ainda para a cultura, os defensivos representam 3% dos custos, sendo que os fertilizantes são responsáveis por 10%. “Por isso trazemos tecnologia de nutrição. Acreditamos muito na cana, não há nada que transforme sol em açúcar com tanta eficiência”, declarou Rodrigo Gutierrez.

Futuro

João Giraldi adiantou que, nos próximos quatro ou cinco anos, a Adama não terá em seu portfólio os produtos que tem hoje. “Estamos olhando para o mercado e os produtos para entender quais os problemas atuais e quais serão os problemas do futuro”. Segundo ele, toda a parte de nutrição está sendo reestruturada especificamente para cana.

Rodrigo Gutierrez revelou que o Brasil representa cerca de 17% da Adama no mundo, tendo faturado US$12 milhões em 2014. Para 2021, a expectativa é de alcançar os US$750 milhões. “Desde 2009 somos a empresa que mais registra produtos no Brasil.” O CEO destacou que o agricultor precisa usar os defensivos nas situações adequadas, sem excessos. “Nossa visão é tentar fazer o agricultor ganhar dinheiro. Nosso cliente ser financeira e ambientalmente sustentável é bom negócio para nós.”

Nematoides

Durante o encontro, a pesquisadora de nematoides da Universidade Estadual de Maringá, Cláudia Dias Arieira, falou sobre os nematoides e seus impactos nas lavouras o país. “A maioria dos nematoides são importantes, mas há aqueles que comem plantas, retirando substâncias do vegetal e injetando outras, que levam a diferentes modificações nas células.”

Segundo a pesquisadora, hoje o prejuízo é de aproximadamente R$35 bilhões graças aos nematoides, o que inclui perda do valor comercial dos produtos devido à aparência. Entre os sintomas notáveis estão os componentes elevados das raízes, aspecto das folhas das plantas e lesões que necrosam o sistema raticular. A diagnose deve ser realizada em laboratório, já que as populações de nematoides costumam ser mistas e eles podem ser facilmente confundidos com fungos.

Cláudia explicou que há estratégias diferentes de combate, por meio do manejo integrado – o que inclui controle biológico, controle cultural, controle químico, indução de resistência, controle genético entre outros. Para realizar o controle, é preciso conhecer o nematoide, a atividade, os métodos culturais e suas implicações, o manejo integrado e realizar o monitoramento.

Realidade aumentada

Na ocasião, a Adama ofereceu à imprensa uma a oportunidade de conhecer de perto algumas lavouras e as soluções oferecidas pela empresa. A apresentação foi realizada graças ao auxílio da realidade aumentada, na qual os ambientes foram expostos no mesmo local da coletiva.

Ana Flávia Marinho (especial de São Paulo – SP)– CANAL Jornal da Bioenergia

Veja Também

CRV Industrial e Rubi S.A. manifestam preocupação com onda de incêndios

O País enfrenta uma onda de queimadas na vegetação, intensificadas pela baixa umidade relativa do …