Safra 2016/2017-Números finais apresentados pela Unica

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  A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades produtoras da região Centro-Sul alcançou 7,96 milhões de toneladas na 2ª quinzena de março de 2017. A produção quinzenal de açúcar atingiu 270,10 mil toneladas e o volume fabricado de etanol alcançou 326 ,89 milhões de litros, dos quais 81,41 milhões de litros de etanol anidro e 245,49 milhões de litros de hidratado.

  No acumulado desde o início de abril de 2016 até o final de março de 2017, a quantidade de cana processada na região somou 607,14 milhões de toneladas, quantidade 1,71% inferior ao registrado na safra 2015/16.

Essa redução na moagem foi compensada pela melhora de 1,94% na qualidade da matéria-prima – 133,03 kg de açúcares totais recuperáveis (ATR) por tonelada de cana no ciclo atual contra 130,50 kg no anterior. Com isso, a quantidade total de produto disponível atingiu 80,77 milhões de toneladas de ATR na safra 2016/2017, com aumento de 0,19% ante as 80,61 milhões de toneladas verificadas na safra anterior.

 A produção final de açúcar na safra 2016/2017 atingiu 35,63 milhões de toneladas, enquanto que a fabricação de etanol totalizou 25,65 bilhões de litros, com 10,66 bilhões de etanol anidro e 15,00 bilhões de hidratado.

A produção total de etanol de milho no ciclo que se encerrou em março de 2017 totalizou 234,15 milhões de litros, sendo 36,64 milhões de litros de anidro e 197,51 milhões de litros de hidratado.

 No final do mês de março, 83 unidades produtoras estavam em operação. Até o final da primeira quinzena de abril, 181 unidades devem estar processando no Centro-Sul.

  As vendas de etanol pelas unidades do Centro-Sul alcançaram 2,04 bilhões de litros em março de 2017, sendo 81,90 milhões destinados à exportação e 1,96 milhão ao mercado interno.

  No mercado doméstico, o volume mensal de etanol anidro comercializado alcançou 899,00 milhões de litros. O volume de hidratado, por sua vez, atingiu 1,06 bilhão de litros no mês.

A quantidade de hidratado comercializada em março de 2017 representa um aumento considerável no consumo do produto. Isso porque as vendas mensais nos últimos meses vinham apresentando queda superior a 20% na comparação com o ano anterior e, no último mês, essa retração atingiu apenas 5% na comparação com março de 2016.

Essa ampliação do volume de etanol hidratado comercializado decorre da maior competitividade econômica do biocombustível frente à gasolina nas principais regiões consumidoras.

 Os números finais da safra 2016/2017 registram um volume total de 25,97 bilhões de litros de etanol comercializado pelas unidades do Centro-Sul, sendo 24,61 bilhões direcionados ao mercado interno e 1,36 bilhão à exportação.

No mercado doméstico, as vendas de etanol hidratado pelas empresas do Centro-Sul na safra 2016/2017 totalizaram 14,33 bilhões de litros, com redução de 17,36% em relação ao valor registrado na safra 2015/2016. As vendas de etanol anidro, por sua vez, alcançaram 10,28 bilhões de litros, registrando aumento de 2,69% em relação aos 10,00 bilhões comercializados na safra anterior.

A redução na oferta de etanol no Centro-Sul também a tradicional transferência de produto para complementar o abastecimento no Norte-Nordeste. Esse movimento, associado à menor moagem no Norte-Nordeste, exigiu um incremento da importação de etanol para atendimento do consumo naquela região.

 Considerando o volume importado para abastecimento do Centro-Sul (476,88 milhões de litros), as exportações líquidas da Região na safra 2016/2017 atingiram 880,53 milhões de litros. A saber, o volume importado representou apenas 4,73% do total de etanol anidro combustível comercializado pelas unidades produtoras.

O volume total de etanol armazenado pelas unidades produtoras do Centro-sul no final de março é suficiente para o atendimento do consumo doméstico e atende as obrigações estabelecidas pela Resolução ANP nº 67/2011.

Além do volume de etanol importado, cerca de 49 milhões de litros de etanol hidratado foram convertidos em etanol anidro no período de janeiro a março de 2017.

  O volume de etanol anidro armazenado nas usinas e a quantidade de produto reprocessada indicam que não houve excesso de importação durante a entressafra. Em verdade, a queda nos preços observada no produtor desde o início de janeiro de 2017 está associada principalmente ao restabelecimento no Pis/Cofins cobrado sobre o etanol e à demora no repasse de preços para o consumidor.

 

Unica

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