Foto: Aprobio

RenovaBio: uma oportunidade para retomada do desenvolvimento sustentável do País

Dados comprovando a sustentabilidade da produção de etanol no Brasil mais uma vez respaldaram o discurso da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em favor da implantação, no curto prazo, do Programa RenovaBio, considerado estratégico para o crescimento da indústria de biocombustíveis no País e, consequentemente, uma matriz de transporte mais limpa no futuro.

No último final de semana (13/05), durante o “Brazil Forum UK 2017”, evento na Inglaterra organizado pela Brazilian Society e por alunos brasileiros da Universidade de Oxford e da London School of Economics, e que reuniu políticos, acadêmicos e empresários brasileiros, a presidente da UNICA, Elizabeth Farina, falou sobre os desafios para o cumprimento das metas assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris e o papel do setor sucroenergético neste contexto.

“Foi demonstrado como o etanol está alinhado com o conceito global de desenvolvimento sustentável e como políticas públicas como o RenovaBio são importantes para consolidar uma economia de baixo carbono em nosso país”, afirma a executiva.

Convidada para debater o tema “Do Crescimento Econômico ao Desenvolvimento Sustentável: o Transporte para uma Economia Verde”, Farina integrou uma mesa de discussão composta pela ex-ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, o fundador e co-presidente da empresa Natura, Guilherme Leal, e pelo secretário Executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl. Durante sua participação, a executiva da UNICA apresentou dados que demonstram os ganhos sociais e ambientais gerados pela indústria canavieira no Brasil. Números ressaltando o aumento do nível educacional e da renda dos trabalhadores do setor foram destaques.

Dados compilados pela UNICA a partir da última Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), publicada pelo Ministério do Trabalho, indicam que nos últimos 15 anos o analfabetismo no segmento caiu 63,6% e a taxa de pessoas formadas no ensino média cresceu 472,1%. Outro ponto importante de melhoria pode ser observado em relação à média salarial do setor. No período 2005-2015 houve um crescimento de 70% nos salários pagos aos trabalhadores, cujos rendimentos saltaram de R$ 1.300 para RS 2.200, aproximadamente.

Elizabeth Farina também falou sobre o ciclo de vida do biocombustível, observando que ao final de toda a cadeia de produção e utilização, o etanol apresenta um potencial de redução de gases de efeito estufa que pode chegar a até 90% em comparação à gasolina.

A executiva também explicou como se dá o cultivo canavieiro no País, citando a adoção de diversas medidas de proteção ambiental, entre elas o Zoneamento Agroecológico da Cana. Desde 2009, esta medida estabelece limites para a expansão da cultura em biomas sensíveis, como a Amazônia e o Pantanal. A mecanização da colheita no Centro-Sul, região responsável por 90% da produção nacional, também foi lembrada como uma mudança importante para a diminuição da “pegada” de carbono do etanol combustível.

Unica

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