O Plano de Negócios 2025‑2029 da Petrobras prevê cerca de US$ 2,2 bilhões para viabilizar destilarias de etanol – sejam de cana ou milho – com meta de produzir até 2 bilhões de litros/ano. A meta é formar joint ventures com players do setor como Raízen, BP, Inpasa, entre outros. Além disso, há planos que incluem até etanol para aviação. Magda Chambriard e o diretor Mauricio Tolmasquim declararam recentemente que a gasolina está perdendo terreno, e o etanol é o principal concorrente — e que é hora da Petrobras marcar presença forte nesse mercado. A empresa está reconstruindo sua atuação no etanol. Cenários previstos: US$ 2,2 bilhões investidos entre 2025‑2029, Meta de 2 bilhões de litros/ano, Modelagem via parcerias estratégicas, projetos avançados para etanol de cana, milho, resíduos e ATJ.
No Passado
A Petrobras já teve uma longa e turbulenta história com o etanol. A Petrobras Biocombustível (PBio), criada em 2008, foi a subsidiária da Petrobras dedicada exclusivamente à produção de biocombustíveis, incluindo etanol, biodiesel e pesquisa em fontes renováveis. No auge, a PBio chegou a ter participações em mais de 10 usinas de etanol e biodiesel pelo Brasil. Comprou participações em várias usinas privadas, principalmente no Centro-Oeste e Nordeste. Fez parceria com a São Martinho, uma das maiores do setor, por meio da Nova Fronteira Bioenergia (usina Boa Vista, em Goiás). A partir de 2016, com a crise econômica, queda do preço do petróleo e mudança de estratégia, a Petrobras abandonou a área de biocombustíveis e vendeu participações em todas as usinas de etanol e foco total voltou pro petróleo. Em 2021, começou a vender até os ativos da Petrobras Biocombustível, que foi praticamente desmontada.
Canal-Jornal da Bioenergia