Como evitar que máquinas agrícolas danifiquem o solo

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As marcas que produzem pneus desenvolvem tecnologias e modelos que garantem menor impacto no campo e maior segurança ao produtor, tendo em vista que não comprometem o solo. O gerente de marketing da Pirelli para pneus agrícolas, Alexandre Stucchi, explica que as novidades da marca para o setor proporcionam menor compactação do solo, mais economia de combustível, redução da emissão de CO2 e maior tratividade graças à banda de rodagem projetada para expulsar a terra acumulada no pneu. “Além disso, a camada de borracha mais larga entre a banda e a carcaça, aliada aos novos compostos desenvolvidos para aumentar a vida útil do pneu, garantem maior resistência a cortes e lacerações durante o trabalho, diminuindo os custos para o produtor e afetando menos o solo.”

Existem vários fatores que influenciam na vida útil de um pneu agrícola, como a manutenção do equipamento e do pneu; aplicação correta de acordo com o solo a ser trabalhado, respeitando a capacidade de carga do conjunto; percursos no asfalto; agressividade encontrada nos diversos tipos de lavouras; avarias acidentais nos costados e banda de rodagem. O gestor de linha pesada da DPaschoal, Stéfano Mercurio, explica que, “quando trabalhando em condições favoráveis, recomenda-se a verificação por um profissional gabaritado para indicar o melhor momento de substituir o pneu”.

Novidades

Stéfano Mercurio diz que, devido à profissionalização do segmento, o agricultor está cada vez mais atento às oportunidades. “Uma delas é a renovação da frota, quando novos equipamentos demandam menos manutenções corretivas e, consequentemente, se tornam mais produtivos. Atrelado a isso, a aquisição de máquinas mais potentes vem ganhando espaço, fazendo com que as safras sejam plantadas, tratadas e colhidas em um menor espaço de tempo.” Assim, para acompanhar esta evolução, os pneus radiais têm ganhado mercado, tornando essa tendência cada vez mais efetiva no dia a dia do produtor.

De acordo com Renato Baroli, diretor de vendas da Bridgestone, as novidades da marca conseguem oferecer ao agricultor maior capacidade de carga, menor compactação do solo, melhor performance e maior produtividade. Os lançamentos recentos são o Firestone Super All Traction 23° (nova medida: 28L26 14 Lonas R-1), indicado para tratores, colheitadeiras e outros equipamentos e desenvolvido com barras regulares para uso em terrenos secos e serviços gerais que exijam excepcional tração, maior estabilidade, dirigibilidade e durabilidade; Firestone Super All Traction II 23° (nova medida: 13.6-38 14 Lonas R-1), indicado para tratores, colheitadeiras e outros equipamentos e desenvolvido com barras regulares para uso em terrenos secos e serviços gerais, proporciona uma excepcional tração e maior estabilidade;  Champion Spade Grip II (nova medida: 23.1-30 10 Lonas S R-2), indicado para terrenos alagados e inconsistentes e proporcionando máximo desempenho, maior durabilidade e excelente segurança operacional; e Firestone Radial All Traction DT (nova medida: 600/70R30), desenvolvido com barras multiangular e projetado para trabalhar com versatilidade de aplicação (eixo dianteiro e tração de tratores e traseira de colheitadeiras) combinando dirigibilidade e tração.

Já da marca Pirelli, a atual novidade para o segmento agrícola é a linha PDR: 22 nas medidas 520/85R42 157 A8 e 420/90R30 147 A8. Os pneus radiais são destinados para uso em solos alagadiços. Além destes, a linha de pneus para uso florestal foi completada, este ano, com as medidas 30.5L-32 20PR LS2 e 710/45-26.5 173A8.

Outro destaque fica por conta da linha de pneus radiais PHP. Voltada para máquinas e implementos de alta potência, essa linha possui como grande vantagem o seu alto rendimento horário, até três vezes superior a um pneu convencional equivalente. Suas principais características são redução de emissão de CO2, maior economia de combustível, melhor capacidade de tração e menor compactação do solo, além de melhor dirigibilidade.

Manutenção

Renato Baroli explica que os cuidados com pneus agrícolas iniciam ainda na armazenagem. “Eles devem ser mantidos em local coberto, protegidos da luz solar ou artificial forte, seco e moderadamente ventilado e, estejam montados em aros ou não, devem estar devidamente limpos. As câmaras de ar devem ser infladas ligeiramente, polvilhadas com talco e colocadas dentro dos pneus ou armazenadas vazias em pilhas de no máximo 50 cm de altura. Se as câmaras forem fornecidas em caixas de papelão ou sacos, deverão permanecer embaladas.”

Para a operação de montagem dos conjuntos, é importante assegurar que o pneu e a câmara de ar não tenham danos e que não haja material estranho entre eles, além de não exceder a pressão recomendada pelo fabricante – 35 PSI. O pneu/câmara deve ser esvaziado por completo antes de ser removido.

As recomendações de Stucchi para manutenção são manter os pneus calibrados com a pressão recomendada pelo fabricante, considerando o peso total do tipo da máquina que está sendo utilizada e, quando for em tratores, considerar o conjunto trator e implemento agrícola; respeitar as medidas indicadas pelo fabricante, já que medidas diferentes podem alterar sua função original e, no caso de reforma, procurar sempre uma revenda autorizada para que o processo seja feito por reformadores treinados e autorizados, mantendo as características originais do produto.

Com relação às trocas, há variações dependendo das condições de uso, do tipo de cultura e solo onde os pneus estão sendo utilizados, além das condições operacionais do trator e de manutenção da máquina e do pneu. Entretanto, recomenda-se que o faça quando eles atingem 25% da altura de borracha das barras ou tacos relativos à profundidade original. De maneira prática, deve-se retirar de uso um pneu quando estiver patinando em excesso, devido ao alto desgaste da banda, e quando apresentar avarias cujo conserto não justifica o custo de reparação.

A maioria dos danos aos pneus são causados, ou agravados, por pressões de inflação incorretas, conforme explica Baroli. “Os pneus devem ser inflados considerando o peso do trator e implemento, velocidade de trabalho, tipo de aplicação e de acordo com a carga que eles suportam, conforme indicação do fabricante do equipamento ou do pneu. As pressões de inflação devem ser verificadas pelo menos uma vez por semana e sempre antes de iniciar a operação de serviço.”

 

 

Ana Flávia Marinho-Canal-Jornal da Bioenergia

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