Foto AgMusa (BASF)

Mudas de cana pré-brotadas elevam produtividade em até 40%

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O aumento da produtividade é uma meta sempre buscada por quem atua na atividade canavieira. Atualmente há vários recursos para ter esse ganho, como agricultura de precisão, inovações no controle de pragas e doenças, manuseio da cana-de-açúcar e até mesmo no plantio da planta, seja o pelo método convencional, seja pelo plantio de mudas pré-brotadas (MPB). A técnica tem como objetivo produzir cana a partir de mudas de alta qualidade, livres de doenças e pragas, o que garante taxa de multiplicação muito maior que pelo do plantio tradicional.

Em experimentos foi identificado aumento de produtividade entre 20% e 40%. O MPB também permite uma equidistância ideal entre as plantas e assim, ter o número de perfilhos mais útil. Segundo o diretor da Sta TechCana, Leonardo Ubiali Jacinto, essa vantagem se destaca de todas as outras no plantio comercial, já que consegue a distância ideal entre as plantas e evita a competição entre elas. Assim, há ganho de produtividade. Além disso, os plantios são uniformes e isentos de doenças, principalmente do Sphenophorus levis, praga que tem um alto poder destruidor nos canaviais.

O gerente de Marketing para Cultura de Cana da BASF, Cristiano Peraceli, diz que as mudas pré-brotadas AgMusa da BASF possuem a tecnologia que viabiliza a implementação de viveiros de alto potencial produtivo para que as usinas tenham acesso a mudas sadias de novas variedades, com garantia de qualidade BASF. “A tecnologia é composta por um sistema de multiplicação, tratamento, rustificação e plantio, resultando em viveiros de alto potencial produtivo”, explica.

A Associação dos Fornecedores de Cana da Usina Bom Sucesso (AFC) tem 21 hectares de cana originária de MPB e a primeira poda de cana  será realizada esse ano. A expectativa do Gerente Agrícola da AFC, Antônio José da Silva é aumentar a produção para acima de 130 toneladas por hectare. Silva explica que a vantagem do método é a qualidade da variedade. “A muda é livre de doenças, vem limpa”, pontua. Atualmente, a AFC possui um pequeno viveiro, que em breve será ampliado com o objetivo de reduzir os custos.

Os especialistas são claros em não haver indicação de melhor momento para o produtor utilizar as mudas pré-brotadas. A MPB pode ser utilizada para a renovação do canavial ou na construção de um novo. O custo de implantação é variável. Na Sta TechCana o valor da muda varia entre R$ 0,55 a  R$0,70, dependendo do volume. São Paulo é hoje é Estado brasileiro com maior incidência de canaviais originário de mudas, seguido por outros estados da região Centro-Sul.

Criadouros

Com as mudas pré-brotadas, o viveiro é o local que começa o ciclo produtivo da usina. Esses locais são construídos a partir de mudas sadias que potencializam o sucesso, garantindo alta qualidade da variedade a ser plantada nas primeiras fases da obtenção de matéria-prima. O viveiro imprime velocidade na formação ao receber mudas prontas e aclimatadas. Trata-se de uma forma segura de introdução de novas variedades com custo adequado, segurança e qualidade a fim de diferenciar a usina. Dessa forma, mudas sadias em um viveiro são o alicerce de um bom canavial”, explica o gerente de Marketing para Cultura de Cana da BASF.

A BASF possui dois viveiros. A Sta TechCana está no mercado há cinco ano e tem capacidade instalada para produzir mudas para 4.500 ha/ano. A plantação das mudas é mecânica e depende de trator ou maquinário específico para jogar as mudas. Já a BASF recomenda o uso do sistema de Meiosi que é um dos modelos que melhor potencializa os resultados de AgMusa, pois une o planejamento, tecnologia e rentabilidade.

“O plantio de Meiosi promove a sustentabilidade natural da rotação de cultura, quebrando o ciclo de pragas, aliando a sanidade e a alta produtividade de suas linhas de cana, com benefícios financeiros advindos da cultura intermediária (como por exemplo, amendoim)”, pontua Cristiano Peraceli.

Atualmente, a BASF desenvolve duas transplantadoras que estão em fase de teste e validação.

“Uma é automática para o plantio em duas linhas; a outra transplantadora é semiautomática para plantio em uma linha, proporcionando maior rentabilidade ao produtor, pois reduz o custo de operação no plantio e melhora ainda mais a qualidade”, esclarece Peraceli.

Cejane Pupulin-Canal-Jornal da Bioenergia

 

 

 

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