Kátia Abreu propõe linha emergencial de crédito para setor sucroenergético

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A senadora Kátia Abreu (PP-TO) apresentou nesta quarta-feira (13) o PL 2.639/2020, projeto de lei que cria o Programa Emergencial de Apoio ao Setor Sucroenergético Brasileiro.

Ao defender a criação de uma linha de crédito emergencial que beneficiaria, entre outros, produtores de etanol e cana-de-açúcar, a senadora argumenta que a queda no consumo — provocada pelo isolamento social — e a redução no preço do petróleo “produziram um efeito devastador” sobre o setor. Kátia Abreu afirma que o preço do etanol está atualmente “bem abaixo” de seu custo de produção.

Na justificação do projeto, a senadora afirma que sua proposta “utiliza o mesmo modelo de financiamento e de estruturação” da Medida Provisória 944/2020. A diferença entre os dois, segundo Kátia Abreu, é que o programa sugerido por ela exige um aporte “bem menor” de recursos do Tesouro Nacional ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES): R$ 7,65 bilhões. Ela ressalta que esse valor representaria 85% dos recursos do programa.

Os 15% restantes teriam origem em recursos próprios de instituições financeiras, “que preferencialmente serão o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNB [Banco do Nordeste] e o próprio BNDES”. As taxas de juros seriam iguais à Selic mais 1,25% ao ano.

De acordo com o projeto, os beneficiados com as novas linhas de crédito não poderão reduzir o número de empregados (registrado na data da publicação da lei resultante dessa proposta) até seis meses após o recebimento da última parcela dos recursos. Além disso, as linhas de crédito não poderão ser utilizadas pelas empresas para a distribuição de lucros e dividendos entre seus sócios.

O texto estabelece que o prazo de pagamento poderá ser de até 24 meses, com carência de seis meses.

Restrições e garantias
O projeto de Kátia Abreu também determina que os bancos que participarem do programa não poderão recusar empréstimos baseados em “anotações em quaisquer bancos de dados, públicos ou privados, que impliquem restrição ao crédito por parte do proponente, inclusive protesto”.

Quanto às garantias a serem oferecidas pelos tomadores dos empréstimos, o projeto estabelece que “somente poderão ser exigidos os estoques físicos de produtos acabados da indústria sucroalcooleira, em montante até o limite de 130% dos empréstimos contratados, acrescidos os encargos”.

O projeto está com o prazo aberto para emendas e aguarda a designação de relator para iniciar sua tramitação. Agência Senado

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