Incêndios: usinas de Goiás reforçam prevenção

Tempo seco, ventanias e umidade do ar quase sempre em torno dos 12%. Clima típico do inverno em Goiás e que faz aumentar muito a incidência de incêndios rurais, tanto os provocados por ação criminosa como também aqueles acidentais, que na maioria das vezes, são fruto da imprudência.

As 35 usinas sucroenergéticas que atuam no estado fazem um trabalho constante para prevenir e combater os incêndios. São mais de mil colaboradores e cerca de 900 caminhões pipa envolvidos nas ações.  Uma estrutura que implica em elevados investimentos financeiros e de recursos humanos.

As equipes de combate às chamas ficam posicionadas em locais estratégicos, próximos às rodovias, onde as pessoas descartam lixo e jogam tocos de cigarro. Várias usinas usam inclusive aviões e drones neste trabalho preventivo. Todas as usinas possuem brigadas de combate a incêndios com profissionais capacitados e dezenas de caminhões pipas.

“As usinas, em parceria com as unidades do Corpo de Bombeiros e prefeituras, trabalham constantemente para diminuir os prejuízos materiais gerados por esses incêndios criminosos e também para colaborar efetivamente para a preservação de vidas e a conservação da fauna e da flora”, afirma André Rocha, Presidente-Executivo do SIFAEG/SIFAÇUCAR, sindicatos que representam os produtores de etanol, açúcar e bioeletricidade em Goiás.

TECNOLOGIA É ALIADA

Na BP Bunge Bioenergia são 108 caminhões pipas, sendo que em três unidades já foram implementados em 100% da frota caminhões equipados com jato de água automatizados, controlados pelo operador por joystick de dentro da cabine do caminhão, o que evita a exposição do brigadista. “Temos também um sistema de monitoramento de incêndios por imagens de satélite, com acompanhamento em tempo real.” explica Nadia Gama, diretora de HSSE da BP Bunge Bioenergia.

CONSCIENTIZAÇÃO

Na Usina Caçu, no sudoeste goiano, as campanhas de prevenção são constantes e nesta época de seca são intensificadas. Outdoors espalhados pelos municípios da região passam mensagens de alerta para os riscos de incêndios. Além disso, é feito um trabalho diário nos canaviais com patrulhamento constante das fazendas, inclusive com videomonitoramento de longo alcance.

Na CRV Industrial, no município de Carmo do Rio Verde, visando conscientizar a população sobre a necessidade de prevenção de incêndios clandestinos ou acidentais, que também prejudicam a qualidade do ar, são instaladas placas de alerta contra o uso do fogo nas áreas rurais, em locais com maior incidência do problema.

RESULTADOS

Na usina Cooper-Rubi, situada em Rubiataba, a ampliação das medidas preventivas desenvolvidas pelo Departamento de Meio Ambiente tem dado resultados positivos. Houve uma queda nas ocorrências de incêndio no último ano na região da usina. Em 2019, foram registradas 164 ocorrências, já em 2020 foram 99, uma redução de 39,63%.

Na Denusa, no Município de Indiara, é feito um mapeamento das áreas de reincidência de incêndio. Além disso, após a colheita, é realizado o enleiramento, amontoando a palha, deixando espaços de terra entre os montes. Isso permite que equipes ganhem tempo se houver necessidade de combater focos de incêndio. Essas medidas também têm resultado em número menor de ocorrências. Imprensa Sifaeg

 

 

 

 

 

 

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