Mecanização da colheita exige extremo cuidado com impurezas

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A colheita mecanizada gera alguns problemas que, às vezes, são ignorados, mas que podem acarretar grandes prejuízos. Quando a cana-de-açúcar era queimada para colheita, um processo manual, grande parte de areia e de argila permaneciam na lavoura, devido ao manuseio da cana inteira. Essa cana, ao chegar inteira na usina, era lavada antes do processo de extração, momento em que grande parte das impurezas minerais era retirada.

Hoje o processo é diferente. Como a colheita tem sido feita de forma mecanizada, a cana passou a ser picada durante a colheita e deixou de ser lavada na chegada à usina para não perder açúcar. Já que não há mais a lavagem, as impurezas, como terra e areia, passam pela moenda e juntam-se ao caldo, sendo então direcionadas ao decantador. O caldo da moenda, após passar pelas etapas de sulfitação, caleação e aquecimento chega até os decantadores. “É lá que os sólidos insolúveis são decantados, permitindo um caldo mais limpo para as etapas seguintes do processo de fabricação de açúcar ou álcool”, explica o analista de sistemas da Torkflex, Luiz Henrique Polegato.

Pensando nisso, a Torkflex desenvolveu o Sistema i-Tork de Monitoramento. Com ele, é possível detectar o acúmulo de lodo ou impurezas e evitar a quebra do acionamento, ou até mesmo do próprio equipamento. O sistema fornece informações em tempo real sobre os esforços mecânicos decorrentes das variações nos processos industriais. Quando são detectados níveis de alarme e de sobrecarga, o processo é interrompido, automatizando a operação. Além de contemplar o fornecimento de um painel elétrico de controle para ser fixado no corpo do equipamento, também permite integração ao Centro de Operações Integradas. O sistema promove total segurança para o acionamento do clarificador ou decantador, evitando paradas indesejadas da indústria, garantindo mais eficiência e controle.

O excesso de impurezas no decantador pode exigir uma força mecânica maior do que ele suporta, causando a quebra de acionamentos. Se o acionamento estiver superdimensionado, quem pode sofrer danos pode ser o próprio decantador, como por exemplo, a quebra de raspas e o enrolamento de braços ao redor do eixo central. A usina previne quebras por meio de manutenção durante a entressafra e monitoramento das condições de processo durante a safra.

Canal-Jornal da Bioenergia

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