A China, potência industrial e referência global em inovação, segue no centro das estratégias comerciais de empresas que buscam novos mercados e fornecedores. E foi justamente nessa rota que Goiás avançou mais um passo com o lançamento, em Goiânia, da 139ª edição da Canton Fair — a maior feira multissetorial do planeta.
A apresentação aconteceu na Casa da Indústria, em uma iniciativa do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fieg, em parceria com o China Trade Center e apoio do Sebrae Goiás. O evento reuniu empresários interessados em entender, na prática, como aproveitar o imenso mercado chinês. O vice-presidente da Fieg, Emílio Bittar, destacou que o movimento de internacionalização das empresas goianas é uma consequência natural do amadurecimento industrial do Estado. “Expandir para a China não é mais uma possibilidade distante, é uma necessidade estratégica para quem quer crescer, inovar e diversificar. A Fieg tem trabalhado justamente para abrir caminhos e conectar Goiás com esse ambiente global de oportunidades.”, afirmou.
A programação avançou com a apresentação de Heitor Fiorotto, gerente do China Trade Center, que detalhou a estrutura da Canton Fair e reforçou o peso de Guangzhou, cidade-sede da feira, como um dos polos mais influentes do comércio mundial. Ele apresentou as três fases do evento, organizadas por grandes setores:
• 1ª fase: maquinário, eletrônicos, automação, robótica, autopeças, novas energias e equipamentos agrícolas e de construção.
• 2ª fase: materiais de construção, decoração, móveis, cerâmicas, itens domésticos, jardinagem e utilidades.
• 3ª fase: têxtil, vestuário, calçados, brinquedos, higiene pessoal, medicamentos, alimentos e artigos esportivos.
Segundo Fiorotto, essa divisão permite que cada empresa encontre fornecedores e produtos adequados ao próprio segmento com mais agilidade e precisão.
Empresários goianos compartilharam bastidores do mercado chinês
A experiência prática ganhou espaço em uma mesa-redonda mediada por Sandra Persijn, gerente de Comunicação e Marketing da Fieg. Empresários que já participaram de missões internacionais relataram aprendizados sobre negociações, volumes de compra, especificações técnicas e a importância de ir preparado.
Ian Moreira, presidente do Simmea, disse que o futuro da indústria está na Ásia. Lá, volume é tudo. “Pequenas empresas precisam do suporte das trades para ganhar musculatura nas negociações.” Para a empresária Daniela Trindade, da Trindade Soluções Construtivas, a ida à China mudou a forma como ela enxerga eficiência e competitividade. “Não é só uma feira. É um ecossistema de negócios que funciona em alta performance. Se eu soubesse o quanto isso impactaria meus processos, teria ido muito antes.”
Carlos Cunha, do Grupo Sigma Engenharia, reforçou que a relação com a China tem mão dupla. “É claro que existe oportunidade de compra, mas também de mostrar o que produzimos aqui. Negócio bom não é só transação: é construção conjunta.”
Rodrigo Guimarães, do Grupo Guimarães Logística, defendeu a importância de participar das missões guiadas: “Faz toda a diferença. O suporte antes, durante e depois da feira evita erro, agiliza acordos e abre portas que, sozinho, você nem saberia onde ficam.”
Para Carlos Alberto Soares, da Paulete Armários, o segredo é planejamento: “A feira é gigantesca. Se você não vai com foco, se perde. Pesquisar antes salvou meu tempo e meu bolso.”
Internacionalização como caminho para competir melhor
A gerente de Internacionalização da Fieg, Juliana Tormin, destacou que os depoimentos confirmam o impacto positivo das missões organizadas. “Quando o empresário percebe que é possível negociar com segurança, ele ganha confiança para buscar fornecedores mais competitivos e até pensar em exportar. É um movimento que transforma a indústria goiana.” Juliana lembrou que o CIN/Fieg oferece suporte completo para empresas interessadas em ampliar fronteiras — da compra mais estratégica até a entrada gradual no comércio exterior.
Canal-Jornal da Bioenergia com dados da Assessoria de Imprensa da Fieg
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