A Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo) deverá investir para ampliar a presença da cooperativa no cenário do agronegócio nacional. Entre os principais projetos em andamento está a construção de uma nova esmagadora de soja em Palmeira de Goiás, orçada em R$ 1,5 bilhão. A planta, que deve entrar em operação até 2027, vai dobrar a capacidade de processamento da cooperativa — de 5,5 mil para 11,5 mil toneladas por dia — e abrir caminho para a instalação de uma usina própria de biodiesel em Rio Verde, sede da Comigo.
Segundo o presidente executivo Dourivan Cruvinel, a cooperativa atravessa uma fase sólida. “A Comigo está muito bem capitalizada. A maioria dos investimentos é feita com recursos próprios, o que reduz nossa dependência de crédito bancário”, afirmou. Essa postura prudente tem garantido liquidez e segurança financeira, atraindo inclusive o interesse de bancos que buscam ofertar linhas de financiamento à instituição.
Com mais de 12 mil cooperados, a Comigo prevê aumento expressivo no recebimento de grãos em 2025 — 63 milhões de sacas de soja e 24 milhões de sacas de milho — resultado que deve impulsionar a receita em relação ao ano anterior, quando o faturamento chegou a R$ 11,2 bilhões. Além do setor de grãos, a cooperativa mantém forte presença na produção de ração, fertilizantes e produtos veterinários, diversificando as fontes de receita e fortalecendo a sustentabilidade do negócio.
A expansão industrial exigirá também maior área de reflorestamento para garantir o suprimento de biomassa usada nas caldeiras, reforçando o compromisso ambiental da cooperativa.
Com a nova estrutura produtiva e a futura entrada no setor de biodiesel, a Comigo caminha para consolidar-se como um dos maiores polos industriais do agronegócio goiano. A cooperativa também amplia sua rede logística, com novos armazéns em Palmeira de Goiás, Acreúna e Santa Helena, elevando sua capacidade total de armazenagem para 48 milhões de sacas. Canal-Jornal da Bioenergia
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