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Na primeira quinzena de setembro, as usinas da região Centro-Sul processaram 45,97 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 6,94% superior ao registrado no mesmo período da safra anterior (42,99 milhões de toneladas). Apesar desse avanço pontual, o acumulado da safra 2025/26 até o dia 16 de setembro mostra retração de 3,68%, com 450,01 milhões de toneladas moídas, frente às 467,20 milhões registradas no ciclo 2024/25. Ao todo, 259 unidades produtoras estiveram em operação no período: 238 processando cana, dez dedicadas ao etanol de milho e onze flex. Na temporada passada, o número era ligeiramente maior — 261 unidades em atividade. A qualidade da cana apresentou queda. O ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) foi de 154,58 kg por tonelada, contra 160,07 kg na safra anterior, uma redução de 3,43%. No acumulado, o ATR médio está em 134,08 kg por tonelada, 3,93% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
Açúcar mantém estabilidade; etanol de milho avança
A produção de açúcar somou 3,62 milhões de toneladas na primeira metade de setembro, praticamente estável frente ao ciclo anterior. No acumulado da safra, a fabricação totaliza 30,39 milhões de toneladas, variação mínima de -0,08% em relação ao mesmo período de 2024/25. Nos estados de Goiás e Mato Grosso, a fatia da cana destinada ao adoçante caiu cerca de 1 ponto percentual. Segundo o setor, essa mudança reflete a melhor competitividade do etanol, que tem atraído maior parte da matéria-prima nas regiões mais distantes dos portos exportadores.
A produção total de etanol nas duas primeiras semanas de setembro chegou a 2,33 bilhões de litros, sendo 1,46 bilhão de hidratado (queda de 9,68%) e 875,40 milhões de anidro (alta de 4,35%). Desde o início da safra, o volume acumulado é de 20,81 bilhões de litros, recuo de 9,50%. O etanol de milho segue em expansão: respondeu por 16,74% do total produzido no período, alcançando 390,13 milhões de litros, um crescimento de 15,97% frente ao ano passado. No acumulado, já são 4,12 bilhões de litros, avanço de 19,43% em relação ao ciclo anterior.
Vendas e exportações de etanol crescem
As vendas de etanol somaram 1,56 bilhão de litros na primeira quinzena de setembro. O destaque foi o etanol anidro, com 599,05 milhões de litros comercializados, aumento de 25,89%. Já o hidratado somou 963,62 milhões, alta de 13,42%. No mercado interno, as vendas de hidratado cresceram 5,89%, chegando a 864,79 milhões de litros, enquanto o anidro avançou 23,40%, com 587,19 milhões de litros.
As exportações tiveram salto expressivo: 110,70 milhões de litros, alta de 235,7%, impulsionadas principalmente pelo etanol hidratado (98,84 milhões). Desde o início da safra, o total comercializado chega a 15,98 bilhões de litros, leve retração de 1,60%. O hidratado acumula 10,06 bilhões de litros (-4,62%), enquanto o anidro avança para 5,92 bilhões (+3,99%).
CBios: emissões seguem firmes
Até o fim de setembro, os produtores de biocombustíveis haviam emitido 31,69 milhões de CBios, segundo dados da B3. Ao todo, há 30,02 milhões de créditos de descarbonização disponíveis para negociação entre agentes obrigados, não obrigados e emissores.
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