Durante a Abertura de Safra Mineira de Açúcar e Etanol 2024/2025, realizada na sexta-feira, 26 de abril, na Fazenda Santa Vitória, próxima à Unidade Vale do Tijuco em Uberaba, foram reveladas estimativas cruciais para o setor bioenergético. O evento, organizado pela Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) e pela SIAMIG Bioenergia, reuniu líderes e representantes do setor para discutir o futuro da produção de açúcar e etanol.
Durante o evento, foram apresentadas as expectativas para a safra 2024/25, onde é esperada uma produção de cana-de-açúcar no estado de Minas Gerais que ultrapasse os resultados da safra 2023/24, onde o estado obteve seu recorde de produção com 79,9 milhões de toneladas de cana processada.
Segundo dados da SIAMIG Bioenergia, a produção no estado deve chegar a 80 milhões de toneladas. Com relação à produção de açúcar, a projeção é de 5,97 milhões de toneladas, indicando uma variação positiva de 10% quando comparado com os 5.45 milhões de toneladas da safra de 2023/24. Quanto ao etanol, a primeira estimativa que a SIAMIG Bioenergia tem para esta safra é de 2.81 bilhões de litros, uma redução de 14% quando comparados com os 3.28 bilhões de litros da safra anterior.
O presidente da SIAMIG Bioenergia, Mário Campos, compartilhou suas observações sobre o setor: “Observamos um aumento da área plantada e de moagem em Minas Gerais, além de uma queda na produtividade em comparação ao ano passado. Essa queda é esperada após o rendimento excepcional do ano anterior. Estamos ainda com uma produtividade alta e expressiva, embora inferior ao ano passado. É extremamente normal esse número”.
Campos destacou ainda que o setor está passando por um momento favorável de investimentos na produção de açúcar: “Estamos vendo um aumento significativo nos investimentos em cristalização de sacarose, o que resultará em uma redução da produção de etanol, mesmo com a mesma quantidade de moagem”.
Essas projeções demonstram o compromisso contínuo do setor bioenergético de Minas Gerais com a inovação e a sustentabilidade, consolidando sua posição como um dos principais players do mercado global de açúcar e etanol.
Aplicação
A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), um dos principais players na produção de bioenergia em Minas Gerais e no Brasil, anuncia investimentos de R$ 3,5 bilhões até 2033 na expansão da capacidade de moagem e produção de açúcar e etanol das três unidades agroindustriais localizadas em Uberaba, Limeira do Oeste e Canápolis, todas no Triângulo Mineiro. O plano inclui a criação de mais 3.000 empregos diretos, que se somarão aos atuais 4 mil postos de trabalho.
Com esse aporte, o faturamento anual da CMAA saltará de R$ 3 bilhões estimados para este ano para cerca de R$ 4 bilhões em 2025.
“Confiamos no contínuo crescimento do mercado sucroenergético e no potencial do Triângulo Mineiro para aumento da produção de açúcar e etanol. Definimos uma série de investimentos em nossas três plantas, renovando o compromisso com esse setor, vital para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável de Minas Gerais e do país”, assinala Carlos Eduardo Turchetto Santos, CEO da CMAA.
A CMAA tem capacidade para processamento de 10 milhões de toneladas de cana e vem de um ano com resultados positivos, com aumento de 16,5% em receita líquida em 2023/2024 (R$ 2,54 bilhões) em relação a 2022/2023.
A estimativa é crescer 12% em 2024/2025, atingindo cerca de R$ 3 bilhões de faturamento. Esse resultado será puxado pela produção de açúcar, que supera 700 mil toneladas. A produção de etanol deve ser 2,9% menor, atingindo 340 mil m3. A produção de energia ficará em 380 mil MWh.
A produção sucroenergética em Minas Gerais também cresceu no ciclo 2023/2024. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado produziu 81,4 milhões de toneladas de cana, com crescimento de 15,4% sobre o ano anterior. Minas Gerais (81,3 milhões de toneladas) representou 11,4% da produção nacional, que foi de 713,2 milhões de toneladas no ano passado.
“O setor sucroenergético é uma das mais importantes cadeias produtivas do agronegócio de Minas Gerais e do país, gerando emprego e renda e se consolidando como uma fonte estratégica na transição energética para a economia de baixo carbono. Além disso, representa uma importante alternativa de energia renovável e mitigação do risco das mudanças climáticas que impactam o planeta”, ressalta o CEO da CMAA. (Assessorias CMAA e SIAMIG Bioenergia)