Usina goiana tem motorista e mecânica em seu quadro de profissionais

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Na Uruaçu Açúcar e Álcool não existe preconceito de gênero para desempenhar uma função

O público feminino busca reconhecimento pelo papel que ocupa na sociedade. Mesmo com desafios e desigualdades que ainda persistem no mercado de trabalho, cada vez mais, as mulheres são referência em áreas profissionais antes dominadas por homens.

Na Uruaçu Açúcar e Álcool, localizada no norte goiano, o gênero não influencia na escolha por profissionais. E que

m pensa que o lugar das mulheres em uma usina é apenas no setor administrativo está muito errado. E elas estão em diversos departamentos que no passado eram vistos como “profissão de homem”.

Daiane Gomes dos Anjos,  Kaely Lorrana  e Andra Kelly Silva de Souza são a prova disso. A primeira é motorista canavieira, de 34 anos. Ela conta que já tinha a CNH na “categoria E”, mas dirigia esporadicamente e participou do programa de capacitação da usina para a comunidade e se desenvolveu. “Me sinto poderosa e imponente em um caminhão. Vemos poucas mulheres nessa posição.

Durante a safra estou nos caminhões canavieiros, mas agora, na entressafra, conduzo o que precisar”, revela.

Antes de sair de casa, Daiane não dispensa passar o batom. E claro, deixar as unhas e o cabelo arrumados, escolher um bom brinco para sempre estar com uma boa aparência. Mãe de dois rapazes – um de 14 e outro de 19 – ela conta que os filhos, o marido e toda a família a apoiaram quando resolveu largar a vida de dona de casa para ser motorista profissional.

Na mecânica

Kaely, de 30 anos, é auxiliar de mecânico na área de hidráulica, e concilia com a educação de três filhos. Ela é a única mulher na oficina da usina. Há apenas quatro meses no quadro da usina, ela já se sente como parte da unidade. Ela também participou do Capacitar em 2022. “Quando tenho dúvidas, meus colegas sempre me ajudam com o que preciso. Muitos acham que já estou há muito tempo na usina “, revela.

A profissional conta que antes sempre trabalhava em casa de família ou cantina e sofreu em ter que deixar os filhos em casa para ir para o emprego. “No começo estranhei, mas já passou.”

Ela não se julga uma mulher vaidosa, mas basta tirar as luvas e ver as unhas da mão bem feitas e pintadas. E o olhar sempre está delineado com a sobrancelha feita. “Não me acho vaidosa, mas me arrumo um pouco. A função não me deixa menos mulher”, revela.

No campo

Em cima de um trator está Andra Kelly Silva de Souza, de 20 anos. A jovem se encantou pelas máquinas por meio de uma amiga operadora. “Quando morava no Maranhão nunca passou na minha cabeça ver uma mulher em um trator, mas quando me mudei para Goiás, conheci uma amiga e me apaixonei pela profissão. Fiquei curiosa e interessada. Fui atrás e me profissionalizei”, revela.

A jovem trabalha há seis meses na usina e conta que se empolga quando vê que outras mulheres se inspiram nela para conhecer um mundo que antes era praticamente dos homens. “Não deixo de usar os EPI’s e muito protetor solar, mas batom e cabelo arrumado são regras”, brinca.

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