Os EUA são o segundo maior destino das exportações brasileiras, atrás da China. É um mercado importante para produtos manufaturados brasileiros, como aeronaves e máquinas. Vale ressaltar que a Embraer depende fortemente dos EUA: cerca de 63% a 70% das exportações de jatos executivos e regionais vão para lá, o que significa algo como US$ 2,5–2,6 bilhões por ano nesse mercado. Com a tarifa de 50% a partir de 1º de agosto de 2025, o preço por unidade vendido aos EUA pode subir US$ 9 milhões, comprometendo a viabilidade de vendas e contratos — especialmente os E175 e jatos executivos Financial Times.
Máquinas, motores e equipamentos
Em 2024, 26,9% das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos foram para os EUA — cerca de US$ 1,8 bilhão para “máquinas amarelas” (escavadeiras, compressores, tratores). Aumento brutal de custo torna os produtos brasileiros menos competitivos frente a fornecedores mais próximos ou já locais. Algumas companhias americanas podem simplesmente desistir de negócios ou adiar compras. Fabricantes como WEG já estão testando rotas via exportação indireta ou novos mercados fora dos EUA (Índia, México, Europa).
Canal-Jornal da Bioenergia