Incentivos ajudam setor produtivo em Goiás a superar crise

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Goiás tem na agropecuária a sua vocação histórica e nos últimos anos passou por um acelerado processo de agroindustrialização, agregando valor aos produtos primários que vem do campo. O Estado tem conseguido fortalecer as atividades rurais devido aos incentivos fiscais, tecnologia, infraestrutura e prospecção de novos mercados internacionais.

Em meio à crise econômica, Goiás apresenta indicadores que mostram um melhor desempenho da economia goiana frente às médias nacionais.

O Estado está entre os que mais contribuem com a produção agroindustrial do país, apesar da recessão. Com fundamentos econômicos sólidos, Goiás segue crescendo e, cada vez mais, destacando-se entre as unidades da Federação nos segmentos de agricultura e pecuária. Goiás tem apresentado resultados positivos, contribuindo fortemente para que os indicadores econômicos nacionais nos últimos tempos não fossem ainda piores.

O PIB da produção agropecuária goiana referente ao primeiro trimestre de 2016 mostra um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto isso, o Brasil registrou uma retração de 3,7%.

A produção de soja é um bom exemplo da resistência de Goiás aos efeitos da crise. Este ano o Estado deve colher uma safra recorde, indicam os dados do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB).

 O aspecto mais positivo da alta estimada em 19% na produção de soja em território goiano diz respeito ao ganho de produtividade, já que a área plantada caiu 0,3%. Esse resultado foi puxado principalmente pelos municípios da Região Sudoeste, que são os maiores produtores de soja e têm apresentado rendimento médio elevado.

Goiás é também o principal produtor de sorgo e tomate do Brasil; segundo de alho e cana de açúcar; terceiro de algodão; quarto de soja e milho; e quinto maior produtor brasileiro de feijão. Possui o terceiro maior rebanho bovino do Brasil, com mais de 22 milhões de cabeças, sendo o segundo lugar em vacas leiteiras. O rebanho suíno goiano é o quinto do país e o de aves, o sexto. A produção leiteira ocupa o quarto lugar no ranking nacional.

Emprego e renda

Goiás foi o Estado que mais gerou emprego no primeiro semestre deste ano no país. Foram abertos 16.614 postos de trabalho no mercado formal de janeiro a junho de 2016, número 1,37% maior que no mesmo período de 2015. O resultado é quase três vezes maior que o do segundo colocado, o Mato Grosso, que encerrou o período com 5.730 vagas. Os dados são do Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho.

O crescimento do emprego em Goiás destoa fortemente da realidade brasileira, que contabiliza saldo negativo no balanço de empregos, com 531.765 postos de trabalho fechados.

O setor agropecuário, com a abertura de 9.868 vagas, foi o responsável por puxar o balanço positivo de Goiás nos últimos seis meses. O dado evidencia que o pior da crise econômica que atinge o Brasil já passou em Goiás.

Apenas no último mês de junho, foram gerados 3.369 empregos com carteira assinada no Estado. Isso significa uma expansão de 0,28% em relação ao estoque de assalariados formais do mês anterior. A atividade que mais contribuiu para essa expansão foi a agropecuária, com 1.860 vagas.

Agroindústria no Cerrado

Puxado por uma grande produção de adubos e fertilizantes, o parque industrial goiano registrou, em abril de 2016, o quarto maior crescimento em produção do país. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam um avanço de 0,8% em relação a março. Isso significa que as máquinas industriais em Goiás aumentaram sua produção de bens, mesmo diante do cenário de crise, em que o mercado tende a diminuir o ritmo.

O resultado colocou Goiás no seleto grupo de estados que tiveram alta na produção fabril. Das 14 praças pesquisadas pelo IBGE no país, apenas cinco tiveram avanços em abril. Além de Goiás (0,8%), Pernambuco (10,2%), São Paulo (2,6%), Minas Gerais (2,4%) e Rio de Janeiro (0,7%) foram os únicos a registrarem saltos de produção. A média nacional ficou em 0,1%. Ou seja, Goiás registrou um resultado superior à média brasileira.

O Governo do Estado auxilia na agroindustrialização do território goiano. De janeiro de 2015 a julho de 2016, foram 20 novas empresas instaladas em Goiás, totalizando investimentos da ordem de R$ 2 bilhões e cerca de 4 mil novos empregos diretos gerados.

Mercado externo

Goiás tem ampliado a participação no comércio exterior. A balança de negócios com outros países apresentou um crescimento de 96,95% nos primeiros três meses de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. As exportações cresceram 22,37%, e as importações caíram 18,79%, resultando num saldo positivo de US$ 913,4 milhões.

De 1999 para cá, a balança comercial multiplicou-se mais de 20 vezes. De janeiro a junho de 2016, a participação goiana nas exportações brasileiras cresceu 3,74% em relação a igual período de 2015. Nos últimos 10 anos, mais do que dobrou, saltando de 1,52% em 2006 para 3,08% em 2015.

 Hoje, Goiás amplia seus mercados por meio de missões comerciais e oficiais comandadas pelo governo nos cinco continentes. Em 2015, foram realizadas 10 missões internacionais e comerciais com o objetivo de apresentar as potencialidades de Goiás a um grande número de investidores.

Acordos de cooperação econômica foram firmados e dezenas de audiências foram realizadas no âmbito da diplomacia. Foram visitados , entre outros, Estados Unidos, Tailândia, Rússia, Belarus, Polônia, França, Itália, Portugal e Colômbia. Os principais parceiros comerciais atualmente são China, Paises baixos (Holanda), Coreia do Sul, Vietnã, Arabia Saudita, Taiwan, Egito, Rússia, Irã e Suíça.

As missões do governo também resultam na atração de novas empresas. Entre 2011 e 2014, Goiás recebeu R$ 35 bilhões em investimentos de indústrias nacionais e estrangeiras. A política teve reflexos notáveis no PIB goiano, que cresceu 8,2 vezes em 17 anos, de R$ 17,4 bilhões em 1997 para R$ 144 bilhões em 2014.

 

 

 

 

 

Canal-Jornal da Bioenergia

 

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