Energia solar para reduzir a conta de energia

O aumento nas tarifas da conta de luz, ocasionado pela crise hídrica tem surtido efeito no mercado de energia solar fotovoltaica. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a tecnologia atingiu a marca de 11 gigawatts (GW) de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil.

De janeiro a agosto de 2021 foram instalados 180 mil sistemas para geração distribuída de energia, que representa 41% a mais do que no mesmo período do ano passado. Assim, o país passou a contar com mais de 611 mil instalações, que abastecem casas, empresas, comércios e fazendas.

Ainda neste segmento, o Brasil tem hoje  7,2 GW de potência instalada da fonte solar, que  equivale a mais de R$ 36,4 bilhões em investimentos e R$ 8,9 bilhões em arrecadação acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do País. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria, liderando com folga o segmento.

Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar no País, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população.

Desde 2012, a fonte solar já trouxe ao país mais de R$ 57,2 bilhões em novos investimentos, R$ 15,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 330 mil empregos acumulados. Os dados são da Associação.

“Quanto maior a tarifa de energia cobrada pelas concessionárias, mais atrativo fica o investimento na energia solar. Ou seja, o investimento na tecnologia solar fotovoltaica fica muito mais atraente quando a tarifa está mais alta. Ao investir na instalação de um sistema, o consumidor acaba se protegendo da tarifa e da inflação energética”, explica José Renato Colaferro, sócio-fundador e diretor de operações da Blue Sol Energia Solar. Ter um sistema de energia solar e gerar energia no ponto de consumo pode proporcionar uma economia de até 95% na conta de luz.

Custos

De acordo com a empresa, o custo médio de um sistema fotovoltaico é de cerca de R$ 32 mil, no caso de um cliente residencial. Já no caso de um comércio, o valor médio é de aproximadamente R$ 80 mil. “Mas, isso varia muito de acordo com o volume de energia que essa casa ou comércio precisam para ser totalmente abastecidos. Hoje, uma casa de pequeno porte pode investir aproximadamente R$ 12 mil para ter um sistema ou mais de R$ 30 mil, no caso de um consumo mensal de energia elétrica muito grande”, pontua Colaferro.

No passado esses valores eram quase inacessíveis para a boa parte da população, mas a maior procura e instalações permite uma produção maior de equipamentos. Consequentemente, mais gente investe na aquisição da tecnologia, gerando um ciclo virtuoso, faz com que os sistemas fiquem mais atrativos e baratos ao longo do tempo.

Ronaldo Koloszuk,  presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, complementa que além de competitiva e acessível, a energia solar é rápida de instalar e ajuda a aliviar o bolso dos consumidores, reduzindo os gastos com energia elétrica. “Energia elétrica competitiva e limpa é fundamental para o País recuperar a sua economia e conseguir crescer. A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos, renda aos cidadãos”, conclui.

Mais formas de economizar

Mas quando o consumidor não tem espaço para instalar um sistema no telhado ou não tem telhado exclusivo, existe a possibilidade de alugar uma cota de uma usina solar. Essas cotas são locadas para abater a energia consumida.

Outra forma de usar a energia proveniente do sol nas residências é o aquecimento de água, geralmente são direcionadas aos banheiros das casas, reduzindo o gasto com água quente do banho, permitem um bom retorno do investimento.

CEJANE PUPULIN-CANAL-JORNAL DA BIOENERGIA

 

 

Veja Também

Foz do Iguaçu pode adotar “IPTU Verde” para incentivar energia solar

Proposta em análise prevê descontos progressivos para imóveis com sistema fotovoltaico Está em análise na …