Photovoltaic panels in front of city night lights

Energia solar é destaque nos leilões de energia

A fonte solar fotovoltaica foi destaque nos Leilões de Energia Nova A-3 e A-4 de 2021 (LEN A-3 e LEN A-4 de 2021), realizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo (SP), com início de suprimento em janeiro de 2024 e janeiro de 2025, respectivamente.

Partindo de um preço inicial (teto) de R$ 198,00/MWh para a fonte solar fotovoltaica nos dois certames, o LEN A-3 foi encerrado com preço-médio de venda de R$ 125,53/MWh (deságio de 36,6%), enquanto o LEN A-4 apresentou preço-médio de venda de R$ 136,31/MWh (deságio de 31,2%). Com isso, a fonte solar apresentou os menores preços-médios para os dois leilões de energia.

Na avaliação da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a contratação de energia da fonte solar fotovoltaica deveria ter recebido maior prioridade, por ser a fonte renovável com menores preços do País desde 2019. “Se o Governo Federal tivesse contratado o dobro de energia da fonte solar nestes dois leilões, reduzindo a energia comprada de fontes mais caras, teria economizado aos consumidores brasileiros pelo menos R$ 126,8 milhões nos próximos 20 anos”, esclarece Rodrigo Sauaia, presidente executivo da entidade.

Os projetos solares contratados pelo LEN A-3 e A-4 de 2021 estão localizados na região Nordeste, nos estados da Paraíba (59,6 MWmédios) e Pernambuco (17,4 MWmédios). Foram arrematadas sete novas usinas da fonte, totalizando 77 MWmédios de garantia física, trazendo mais de R$ 908 milhões em investimentos previstos e a geração de mais de 8 mil empregos até 2025.

Com a evolução da fonte solar fotovoltaica no Brasil, a ABSOLAR tem recomendado ao Ministério de Minas e Energia (MME) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aprimoramentos ao planejamento de contratação da fonte nos leilões de energia e no planejamento da expansão da geração no País.

“A fonte solar fotovoltaica segue cumprindo o seu compromisso de trazer energia elétrica competitiva aos leilões, ajudando a reduzir o preço da energia aos consumidores e à sociedade brasileira. Hoje, mais uma vez, demonstramos, na prática, a crescente competitividade da fonte, em benefício de todo o País. Cabe, agora, ao Governo Federal revisar as diretrizes do planejamento e ampliar a contratação de energia solar nos próximos leilões, inclusive os que já estão previstos para o segundo semestre de 2021 e para os anos de 2022 e 2023. Isso ajudará a reduzir os preços de energia elétrica que serão pagos pelos brasileiros, aliviando o bolso da população e melhorando a competitividade dos setores produtivos”, ressalta Márcio Trannin, vice-presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR. Divulgação

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