Na economia mundial, o agronegócio brasileiro possui muita influência, dado seu valor produtivo, especialmente no que diz respeito à exportação de determinadas commodities, como soja, carne, milho, entre outros. É nesse sentido que o setor, provavelmente, deverá ocupar uma posição central nos debates que ocorrerão na COP30, em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025.
Como uma peça fundamental da economia nacional, o setor rural em sua totalidade, o que inclui as extensas plantações de soja e milho e as agroindústrias da carne e do leite, é cotidianamente desafiado a conciliar a intensa produtividade com práticas de manejo e produção cada vez mais sustentáveis.
Isso porque o mundo está voltando seus olhos cada vez mais para a preservação ambiental e a mitigação das mudanças climáticas oriundas do uso intensivo da natureza. Hoje, um dos grandes debates do setor gira em torno do consumo e da geração de energia. No campo, especialmente nos territórios mais distantes dos centros urbanos, os altos custos de eletricidade representam um empecilho cotidiano.
Muitos dos objetos técnicos utilizados na agricultura, como os sistemas de irrigação, refrigeração de laticínios, secagem de grãos, máquinas de ordenha e unidades de abastecimento, entre outros, exigem um consumo constante de energia que culmina, consequentemente, em elevados gastos com energia.
Além do consumo intensivo, muitos produtores acabam enfrentando problemas com a instabilidade no fornecimento de energia, além de quedas frequentes e baixa qualidade da rede elétrica. Em regiões geograficamente isoladas, o acesso limitado à energia compromete a expansão e a modernização das atividades que envolvem o setor.
Frente a esta problemática, dentre as energias renováveis que existem atualmente, a energia solar representa uma excelente opção, sendo viável e eficiente. O funcionamento do sistema solar fotovoltaico é simples: as placas solares, comumente instaladas nos territórios do agro em telhados de galpões, coberturas de ordenhas ou até mesmo diretamente na terra em áreas abertas, captam a luz do sol e as convertem em eletricidade.
Essa energia, então, passa por um equipamento chamado de inversor, responsável por transformar a corrente contínua em alternada, o formato necessário para alimentar os equipamentos elétricos. Economicamente falando, a geração própria de energia possibilita ao produtor rural a possibilidade de planejar seus gastos, eliminando, também, a dependência em relação à rede de fornecimento tradicional.
Isso significa menor exposição às oscilações tarifárias e concede mais controle sobre a gestão financeira da propriedade em sua totalidade. Ambientalmente falando, a energia solar representa o menor impacto ambiental. Esse movimento fortalece a imagem dos produtores do agro frente ao mercado atual, voltado a ações sustentáveis de manejo e produção, sobretudo na COP30, que provavelmente fará pressão por compromissos concretos contra as mudanças climáticas.
Para as indústrias que já estiverem em diálogo com essas diretrizes, o papel será de protagonismo. Já para aquelas que caminham na direção oposta, o caminho será buscar novas alternativas. Atualmente, a ideia de desenvolvimento busca não dialogar com as questões que fogem da responsabilidade ambiental. O agronegócio brasileiro, nesse sentido, já é uma potência em produção e pode consolidar-se como um líder em produção de base sustentável. Entender como funciona a energia solar, neste contexto, é abrir as portas para um novo patamar de eficiência e rentabilidade, transformando o sol, que já nutre a lavoura, na principal fonte de energia para um negócio próspero e alinhado ao futuro do planeta.