Consórcio You.On Energia e TS Infraestrutura assina contrato com a ISA CTEEP para primeiro sistema de armazenamento de energia em larga escala no Brasil

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Empresas vão fornecer um sistema de baterias de 30 megawatts (MW) de potência instalada alocado junto à subestação de Registro (SP), uma das responsáveis pelo abastecimento do Litoral Sul Paulista

 O consórcio formado pela You.On Energia, especializada em sistemas de armazenamento de energia (BESS), e a TS Infraetrutura, importante executora de obras de engenharia e infraestrutura, assinou recentemente com a ISA CTEEP, maior transmissora privada de energia do País, um contrato para fornecimento e instalação do primeiro projeto de armazenamento de energia em baterias em larga escala no Brasil, para suporte às subestações. O investimento autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é de cerca de R$ 146 milhões e a previsão de entrega da obra é novembro de 2022.

O projeto, a ser implantado na subestação de Registro (SP), da ISA CTEEP, é um passo importante na criação da regulação do setor elétrico quanto à inserção de sistemas de armazenamento de energia na matriz energética brasileira. A ANEEL não apenas aprovou o projeto, mas também se mostrou interessada em outras aplicações dessa tecnologia.

No escopo, incluem um banco de baterias de 60 MWh, inversores, transformadores, softwares de gestão de energia e sistemas de automação, proteção e controle. O projeto vai suportar o incremento pontual da demanda do Litoral Sul Paulista, especialmente na época do Verão, a partir de novembro de 2022, beneficiando mais de dois milhões de pessoas.

“A tecnologia de armazenamento de energia atuará nos momentos de pico de consumo, como um reforço à rede elétrica, assegurando a entrega de 30 MW por até duas horas. Com isso, mesmo com o excesso de demanda característico das férias e festas de final de ano, o fornecimento de energia à população da região será otimizado”, explica Giorgio Seigne, CEO da You.On Energia. “Vale destacar que o sistema de baterias pode ser utilizado em várias aplicações nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia, como alívio de pontos de congestão da rede elétrica e em serviços ancilares, por exemplo, a fim de garantir o funcionamento estável, confiável e continuado do sistema elétrico como um todo”, acrescenta.

Para Helder Torres, diretor comercial da TS Infraestrutura, participar de um projeto inédito para o Brasil e que entregará o melhor custo x benefício hoje existente será bastante significativo para a empresa. “Atualmente, não há nada parecido no país e fazer parte dessa iniciativa inovadora nos capacitará ainda mais para futuros projetos dentro desse conceito. Estarmos na linha de frente junto com a You.On para entregar uma solução definitiva e tão necessária para a região é realmente um privilégio”, constata Torres, que explica, ainda, que os transformadores aplicados na subestação de Registro serão da TSEA Energia, empresa do mesmo grupo da TS Infraestrutura.

Para as empresas do consórcio, a tecnologia de armazenamento também é capaz de contribuir com o avanço da descarbonização, da descentralização e da digitalização, além de mitigar e/ou postergar custos relevantes de expansão do sistema (obras de infraestrutura).

A modularidade da solução assegura a portabilidade e possível realocação em outros pontos do país que precisem, em determinado momento, de segurança energética (disponibilidade, qualidade e estabilidade de energia).

A solução é extremamente versátil e, além dos benefícios específicos dessa aplicação em Registro, potencializa a inserção de fontes renováveis na matriz energética brasileira pela suavização das intermitências naturais da geração eólica e solar, promove controle de tensão e frequência e reduz as emissões de Gases de Efeito Estufa.

No caso do projeto da subestação de Registro, o impacto ambiental será potencialmente reduzido, uma vez que a aplicação de sistemas que necessitem de geração a diesel (uso equivalente de 350 mil litros do combustível) será evitada. Desse modo, segundo a ISA CTEEP, o uso das baterias impedirá a emissão de 1.194 toneladas de Gases de Efeito Estufa em dois anos da tecnologia em operação, além da realização de obras em áreas de preservação ambiental, como o Parque Estadual da Serra do Mar.

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