Goiás fechou os onze primeiros meses de 2025 com a balança comercial no azul — e não foi por pouco. O estado acumulou superávit de US$ 7,3 bilhões entre janeiro e novembro, resultado de US$ 12,3 bilhões em exportações contra US$ 4,9 bilhões em importações, segundo dados da Superintendência de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais, da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC). Só em novembro, Goiás exportou mais de US$ 808 milhões e importou US$ 449 milhões, garantindo um saldo positivo de US$ 359 milhões no mês. Números robustos, daqueles que falam alto.
Agro puxando a fila
O bom desempenho tem DNA rural. O complexo da soja foi o grande motor das exportações goianas, respondendo por 48,16% do total embarcado. A soja in natura liderou com folga, concentrando 41,71% das vendas externas do setor. Outro destaque veio do segmento de carnes, responsável por 20,04% das exportações do estado e com crescimento expressivo de 21% em relação ao mesmo período de 2024. O milho também avançou: representou 6,76% das exportações e registrou alta anual de 21,69%.
Para o secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho, os resultados refletem uma combinação de vocação produtiva e política pública. “Goiás segue demonstrando força e resiliência no comércio exterior, impulsionado por políticas de incentivo à exportação, como o PEIEX, além da parceria com empresários e produtores que levam os produtos goianos ao mercado internacional”, afirmou.
No ranking dos destinos, a China manteve a liderança absoluta, absorvendo 38,91% das exportações goianas no acumulado do ano. Na sequência aparecem Estados Unidos (4,38%), Países Baixos (2,45%), México (2,35%) e Irã (2,20%).
Municípios em destaque
Entre os municípios exportadores, Rio Verde segue no comando, concentrando 25,77% das exportações estaduais. Depois vêm Jataí (7,79%), Mozarlândia (4,98%), Palmeiras de Goiás (4,57%) e Alto Horizonte (3,54%). No lado das importações, o protagonismo é de Anápolis, responsável por 40,20% do total importado pelo estado — reflexo direto do peso do polo industrial local, com destaque para a indústria farmacêutica.
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