Em um momento crucial para as discussões globais sobre o clima, Goiás posiciona-se como protagonista ao apresentar, na COP30, sua ambiciosa “Estratégia Goiás Carbono Neutro 2050”. A comitiva goiana em Belém está com a missão de não apenas compartilhar metas, mas de demonstrar resultados concretos que credenciam o estado a captar recursos no mercado internacional de créditos de carbono.
O plano, detalhado em painéis e mesas de negociação, é um tripé que equilibra sustentabilidade territorial, ações de mitigação e o desenvolvimento de um mercado de carbono robusto. O grande trunfo apresentado é o programa “Cerrado em Pé”, que remunera o produtor rural pela conservação ambiental, transformando a preservação do bioma em um ativo econômico.
“Goiás provou que é possível conciliar a potência do agronegócio com a responsabilidade ambiental”, afirmou o governador Ronaldo Caiado durante um dos painéis. A elegibilidade recém-conquistada para receber fundos internacionais por resultados de redução do desmatamento serve como um poderoso endosso a essa narrativa.
Avanços
Goiás ainda não é um estado “carbono zero” hoje; essa é a meta a ser alcançada até 2050. No entanto, o estado já celebra um marco intermediário e significativo: um balanço “carbono positivo” no setor de uso da terra. Isso significa que a capacidade de sequestro de carbono da vegetação nativa goiana já supera as emissões diretas desse setor específico.
A participação na COP30 transcende o simbolismo. Trata-se de uma jogada estratégica para atrair investimentos que financiarão a transição para uma economia de baixo carbono. Com a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030, a estratégia goiana alinha-se perfeitamente aos anseios de investidores globais que buscam projetos sustentáveis e com lastro real. Goiás não está apenas falando sobre o futuro; está negociando a construção dele, passo a passo, no palco da conferência climática mundial.
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