Distrito Federal ultrapassa 521 MW de potência instalada em geração própria de energia solar

Segundo dados da ABSOLAR, região possui mais de 29 mil sistemas fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos

O Distrito Federal alcançou a marca de 521 megawatts (MW) de potência instalada em geração própria de energia solar, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Atualmente, a região conta com mais de 29 mil sistemas fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos, beneficiando diretamente mais de 31 mil consumidores de energia elétrica, que hoje têm redução na conta de luz, mais autonomia e maior confiabilidade no abastecimento.

Desde 2012, a geração distribuída de energia solar atraiu ao DF mais de R$ 2,4 bilhões em investimentos, além de gerar cerca de 15,6 mil empregos e garantir a arrecadação de R$ 700 milhões aos cofres públicos.

De acordo com estudo da consultoria Volt Robotics, encomendado pela ABSOLAR, a modalidade traz benefícios não apenas para quem possui sistema instalado. A projeção é que, até 2031, a economia líquida na conta de luz de todos os brasileiros ultrapasse R$ 84,9 bilhões.

O avanço, no entanto, depende de definições importantes em debate no Congresso Nacional, por meio das Medidas Provisórias nº 1300/2025 e 1304/2025, que tratam da reforma do setor elétrico. A ABSOLAR defende mudanças no texto para evitar insegurança jurídica e imprevisibilidade de custos para os consumidores que geram a própria energia. Entre os pontos de atenção está a possibilidade de aplicação compulsória de modalidades tarifárias pela Aneel, o que, segundo a entidade, poderia comprometer a atratividade dos investimentos no setor.

A vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR, Bárbara Rubim, destaca que a modalidade tem forte apoio popular. Pesquisas apontam que nove em cada dez brasileiros desejam gerar a própria energia limpa e renovável. “Mudar as regras recentemente aprovadas na Lei 14.300/2022, votada quase por unanimidade no Congresso Nacional, seria impopular e desalinhado com a transição energética justa e sustentável do Brasil, além de abrir espaço para insegurança jurídica e judicialização indesejada”, afirma.

Para Bárbara, a democratização da geração solar própria amplia o protagonismo do Brasil na transição energética, atrai investimentos, gera empregos verdes de qualidade, fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e aumenta a competitividade dos setores produtivos. (Canal com informações da ABSOLAR)

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