Renovabio: por que a demora?

Print Friendly, PDF & Email

A 17ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, que se encerra nesta terça-feira, em São Paulo (SP), detalhou o RenovaBio nos painéis realizados no primeiro dia da programação. O Programa, em estado de gestação no governo federal, trata da expansão da produção de biocombustíveis no País, com foco no abastecimento doméstico, geração de excedentes para exportação e redução das emissões de gases de efeito estufa na matriz de transportes.

André Rocha, presidente-executivo do Sifaeg e presidente do Fórum Nacional  Sucroenergético, participa da Conferência e ressalta que o Renovabio precisa ser alçado ao “status“ de política de Estado, para que o Brasil possa avançar em sua trajetória de liderança no cenário mundial de biocombustíveis.

Para Plínio Nastari, presidente da Datagro, consultoria que realizada o evento, o Renovabio não se trata de subsídios, nem de imposto sobre combustíveis fósseis. “O Renovabio é uma política pública de indução de eficiência energética e de reconhecimento da capacidade de promover descarbonização.”

Apesar de ser considerado um excelente Programa, o Renovabio segue enfrentando entraves internos no governo. Alguns setores temem que a iniciativa alimente a inflação no país. Sobre essa questão, André Rocha diz que essa preocupação não tem justificativa. “Temos a inflação em queda e abaixo da meta estipulada pelo governo e é incontestável que o Brasil precisa de uma política de desenvolvimento e de recuperação de investimentos e geração de empregos. O Renovabio terá efeitos positivos também nesta área” afirma o executivo.

Em relação ao setor sucroenergético, André afirma que haverá ganhos de eficiência e produtividade que poderão reduzir custos de produção do etanol e do açúcar que serão repassados para os consumidores. “Se não tivermos o Renovabio teremos que aumentar muito a importação de combustíveis (diesel, gasolina e etanol). Isso em um cenário de portos sem condições adequadas que suportem crescimento acentuado de fluxo de produtos.  (Assessoria de imprensa do Sifaeg)

Veja Também

Investimentos em biocombustíveis devem crescer no Brasil

A produção do combustível sustentável de aviação (SAF), do diesel verde (também chamado de HVO), …