Biocombustíveis devem atrair mais investimentos na próxima década

Print Friendly, PDF & Email

A contribuição brasileira para conter as mudanças climáticas passou a ser um compromisso no dia 21 de setembro de 2016, quando o governo brasileiro entregou à Organização das Nações Unidas o instrumento de ratificação do Acordo de Paris sobre a mudança do clima. O objetivo é frear o aquecimento global e fortalecer a capacidade dos países de lidar com as consequências do aumento da temperatura média do planeta.

Pensando nisso, a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) comemora seus 10 anos de trajetória com o seminário “Biodiesel e Bioquerosene: Sustentabilidade econômica e ambiental”. O evento acontecerá no dia 24 de maio de 2017, em Brasília-DF, e a programação inclui três painéis de discussão e lançamento da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação.

Além do setor produtivo, o evento também contará com a participação do setor consumidor e distribuidor, governo, instituições de pesquisa e sociedade. Estarão presentes nos painéis representantes dos ministérios de Minas e Energia (MME), Meio Ambiente (MMA), Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), Relações Exteriores (MRE), Embrapa Agroenergia, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natuaral e Biocombustíveis (ANP), Secretaria de Aviação Civil (SAC) e BR Distribuidora, entre outros.

Com a ratificação do acordo de Paris, o Brasil se comprometeu a reduzir 37% das emissões de Gases de Efeito Estufa – GEE, até 2025, e 43%, até 2030. Uma das metas estipuladas, para alcançar esse objetivo, é aumentar a participação da bioenergia sustentável, o que representa o aumento do teor de biodiesel no diesel mineral. Por isso, durante a fase de consulta pública do programa RenovaBio, tema do terceiro painel, a Ubrabio propôs a garantia da previsibilidade para que a mistura obrigatória alcance, no mínimo, B20 (20% de biodiesel), em 2030.

Produzido a partir de óleos vegetais e resíduos como o sebo bovino e o óleo de fritura usado, o biodiesel está presente na vida dos brasileiros desde 2005, quando o país começou a usar 2% de biodiesel no óleo diesel (B2), em misturas facultativas. A disponibilidade de matérias-primas e capacidade de produção do setor – que hoje sofre com ociosidade da ordem de 50% –, o Brasil tem plena capacidade de avançar da atual mistura obrigatória B8 para chegar a B20 em 2030.

“Para isso, é importante que o poder público e a sociedade discutam o papel do biodiesel e bioquerosene na recuperação econômica e no desenvolvimento sustentável e que medidas são necessárias para promover a competitividade de toda a cadeia produtiva”, comenta o presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés.

Tendo o B20 como mistura mínima obrigatória em 2030, serão emitidas 34 milhões de toneladas de CO2 a menos, o que equivale a 250 milhões de árvores plantadas por ano. De 2005 a 2016, o Brasil consumiu 25 bilhões de litros de biodiesel, o que representa 47 milhões de toneladas de CO2 evitadas.

Além disso, este combustível renovável reduz a emissão dos principais causadores da poluição atmosférica, contribuindo para melhorar a qualidade do ar que a população respira.

Realizado pela Ubrabio, com apoio do MME, do MCTIC e da Embrapa Agroenergia, o seminário “Biodiesel e Bioquerosene: Sustentabilidade econômica e ambiental” acontece no dia 24 de maio, das 9h às 17h, no auditório do MME, em Brasília. As inscrições são limitas e gratuitas. A pré-inscrição pode ser feita clicando aqui e está sujeita a confirmação.

 

 

Ubrabio

Veja Também

Estudo inédito mostra potencial do país em atuar como protagonista da transição energética nos transportes

– Coalizão formada pelos produtores de bioenergia, autopeças, montadoras, pós-venda, sindicatos de trabalhadores, entidades de …